terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

pag. 07 do livro “Bugresia”/2006/Vanda Ferreira

Um encontro com você.

Reconhecimento de família formada por laço consangüíneo, ou instruída através de estabelecimento jurídico, é coisa de um passado bem distante.

Hoje impera adoção. Independente de trâmite jurídico famílias são construídas por afetividades, afinidade, escolha pessoal. Coisa de padrão de espécie. Sendo assim, somos integrantes de uma mesma família, a partir de um registro sentimental, que perdura na importância de nossa existência.

Você leitor, neste momento estabelece um vínculo comigo. Comunga, espontaneamente, da descoberta de um grande número de irmãos e pais de amor. De forma que esta aliança, se fortalecerá com o sagrado tempo.

Esta compreensão, de envolvimento, foi-me facilitada por Antonio Papi Neto. Ele viveu para exemplificar a origem da maior riqueza: a relação humana.

Tranquilo se fazia de enciclopédia pública ambulante. Era um conjunto de escrituras sagradas de fácil leitura e interpretação. Bem elaborado, formatado na fonte sabedoria, em todos os tamanhos.

Nele, se lia: “é preciso construir vãos para ver a vida; olhar para o céu, trazendo estrelas, lua, sol; também baixar os olhos às pedras, aos buracos, analisar o solo”.

Em outras palavras, fez-me entender que moeda tem mais que frente e verso. Existe a face oculta entre a cara e a coroa.

Não sei dizer se adotei Papi antes de ser adotada por ele. Mas sei que através de nossa amizade, ganhei muitos irmãos, quase fiquei gente grande. Descobrí que lágrima dói, por dentro e por fora.

Seja bem vindo(a).

Vanda Ferreira

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ALIANÇA DE OURO

Todos convidados para aliançar comigo, e constituir permanente manutenção ao processo evolutivo em prol do bem entre todos os seres.

O b r i g a d a!